Vale do Javari


O rio Javari nasce da confluência dos rios Jaquirana e Batã, no Amazonas, quase na divisa com o Acre e faz a fronteira do Brasil com o Peru até desembocar no rio Solimões, onde este penetra em território brasileiro, a partir da Colômbia. Rio típico da planície, o Javari tem um desnível entre as cabeceiras e a foz de pouco mais de 100 metros, apenas, desenrolando-se em incontáveis meandros, ladeados por floresta de igapó (floresta inundável).

No vale, que percorre, recebendo as águas dos rios Curuçá, Itaquaí e Ituí, além de numerosos igarapés, ainda há grandes extensões de florestas intocadas. Além de abrigarem uma imensa riqueza de espécies, estas escondem alguns pontos com concentrações recordes de piuns, os famosos borrachudos amazônicos.

A região é muito cobiçada por madeireiros, devido a riqueza em mogno e cedro, duas das madeiras mais nobres e rentáveis da Amazônia. A extração da madeira é proibida em toda a Terra de Ocupação Tradicional Indígena, assim decretada em 1998, mas a atividade persiste ilegalmente, assim como prospecções garimpeiras e incursões de pescadores e caçadores, igualmente contrárias à lei.

Segundo o Departamento de Índios Isolados da Fundação Nacional do Índio (Funai), a região é habitada por diversos grupos indígenas da família lingüistica Pano - Marubos, Matis, Mayoruna, Mayá e Kulina-Pano - e alguns de outras famílias - Kanamari, Djapá e Kulina-Arawá. Segundo pesquisas arqueológicas realizadas entre 1976 e 1989, citadas pela Funai, a ocupação indígena da região tem mais de mil anos.

Estima-se que ali viviam, até o final do século XIX, cerca de 15 mil índios, reduzidos a 3 mil no século XX, sobretudo devido ao contato com seringalistas, que capturavam e escravizavam índios para trabalhar cortando seringa (ciclo da borracha), e devido aos conflitos e doenças com outros invasores não-índios.
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