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terça-feira, 6 de maio de 2014

PT está no centro da disputa política no Amazonas


Presidente estadual do PT, Valdemir Santana, disse que até o dia 17 a legenda define se apoiará José Melo ou Eduardo Braga 
A poucos dias do anúncio oficial do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre qual chapa o partido apoiará nas eleições desse ano no Amazonas, dois grupos políticos ainda disputam a preferência do PT – o do governador José Melo (Pros) e do senador Eduardo Braga (PMDB), ambos de partidos da base de apoio ao governo petista da presidente Dilma Rousseff no Planalto e pré-candidatos ao Governo do Estado.
Líder político do grupo de José Melo e pré-candidato ao senado, o ex-governador Omar Aziz (PSD) declarou no sábado que já fez uma proposta ao PT para que a sigla componha a chapa majoritária, com o posto de vice e de suplente de senador. “O PT recebeu uma proposta minha essa semana. Se o PT não fica comigo, como é que eu vou ficar com o PT? Se eu não sirvo para eles, por que eles servem para mim?”, disse Omar em entrevista para A CRÍTICA, na sede do Partido Social Democrático (PSD), durante a visita do presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab.
O ex-prefeito de São Paulo disse que Omar “fez uma proposta ao PT que poucos Estados fizeram, oferecendo importante participação”. “Essa é uma tese de vida. E política é assim: uma mão lava a outra. Política é recíproca”, acrescentou Omar Aziz.
Em jogo na disputa pelo apoio do PT está um gordo tempo de televisão (a sigla tem a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 88 parlamentares, o que define 2/3 do tempo da propaganda eleitoral na TV), além da parceria com o partido que está no comando da Presidência da República há 11 anos.
PMDB
A articulação nacional entre o PT e o PMDB também pesa na definição do grupo que o partido de Dilma e Lula apoiará nas eleições no Estado. O PT depende do PMDB para conseguir um maior tempo de propaganda na TV. O partido de Eduardo Braga é decisivo nas votações do Congresso Nacional e já chegou a ensaiar saída da base de apoio à presidente Dilma.
Outro fator que afasta a possibilidade do PT do Amazonas permanecer com o grupo Melo/Omar é a proximidade do ex-governador com o prefeito Artur Neto do PSDB. O partido de Omar é da base do Governo Federal, mas nos Estados está liberado para coligar com qualquer partido.
O governador José Melo (Pros) afirmou, em entrevista para A CRÍTICA no último dia 29, que a decisão sobre a permanência ou não do partido na base do seu governo para a reeleição dependerá de conversa com a presidente Dilma prevista para hoje. No dia 27 de abril, a legenda colocou os cargos que ocupa na máquina estadual à disposição do governador. “Não decidimos deixar o governo. Mas resolvemos deixar o governador José Melo à vontade para tirar quem ele quiser”, declarou o presidente estadual do PT, Valdemir Santana.
O encontro de José Melo com Dilma Rousseff marcado para esta semana em Brasília foi adiado, informou ontem o próprio governador do Estado.
PT faz mistério até o dia 17
A presidência do PT no Amazonas faz mistério sobre o apoio que dará em outubro. Negocia a melhor alternativa para a sigla, que está dividida. De acordo com Valdemir Santana, além do PMDB, Pros e PSD, a sigla também vai dialogar com o PCdoB e com o PDT de Amazonino Mendes.
O vice-presidente da sigla petista, deputado Sinésio Campos, disse ontem que não poderia dar mais informações sobre a articulação. “Isso tem que ser falado diretamente com o presidente. O que eu posso dizer é que dia 17 vamos ter um encontro com os delegados do partido, quando vamos definir a política que será adotada aqui no Estado. Esse encontro terá a presença do presidente Rui Falcão”, disse.
Valdemir Santana afirma que escolher entre Braga e Melo não é a prioridade do PT. “Temos que reeleger a presidente, queremos ampliar as bancadas na ALE e em Brasília”. Na semana passada, representantes do partido tiveram encontros com o senador Eduardo Braga e com o governador José Melo.
Braga classificou a decisão do PT de colocar os cargos à disposição do governador como “ uma clara demonstração de que querem buscar a independência para tomar uma posição política”.
‘Artur apoia minha candidatura’
Omar Aziz afirmou no sábado que o apoio do prefeito Artur Neto é para a sua candidatura ao Senado e que isso não depende de coligação formal. “Quando você coloca o Artur, ele já declarou que não tem definição de quem será o seu candidato ao governo, mas que o candidato ao Senado serei eu e isso independe de coligação. Ele tem deixado isso muito claro”, disse Omar.
Na ocasião, Gilberto Kassab afirmou que, apesar de estar comprometido nacionalmente com o projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff, o PSD está livre para fazer alianças com qualquer partido nos Estados, dando margem para que a legenda possa coligar com o PSDB e fazer palanque para o presidenciável Aécio Neves no Amazonas.
Questionado sobre a relação entre Artur e Omar, Kassab foi enfático: “O governador Omar Aziz tem liberdade para conduzir o partido para o rumo que ele achar mais adequado para o Amazonas e para o PSD”. A aliança do grupo Melo/Omar figura como uma alternativa ao ropimento com o PT.
Kassab disse que Melo “é uma pessoa que tem uma folha de serviços prestados ao Amazonas que poucos têm. Conhecedor dos problemas do Estado. É uma pessoa respeitada e ajudou muito o governador Omar Aziz. É qualificado para ser candidato e para continuar. Mas, a postura em relação a ele será definida pelo Omar”, disse o ex-prefeito de São Paulo.
Personagem- Governador pelo PROS José Melo
‘Eles têm três secretarias’
O governador José Melo (Pros) disse que aguarda a decisão do PT. “Eu tive uma conversa com eles. E estou aguardando”, declarou Melo.
Melo disse que não fez nenhuma proposta na conversa que teve com os petistas. Mas lembrou, ontem, que o PT tem três secretarias no governo dele. “Eles têm três secretarias no meu governo. Então, vou aguardar”, afirmou o governador.
Segundo Melo, o PT ficou de ainda esta semana informar se marchará ou não com ele nas eleições de outubro.

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