Após Protestos

Após protesto, manifestantes deixam 



rastro de destruição em Manaus


Comércio e prédios públicos ficaram depredados e carros incendiados.
O principal alvo foi a sede da Prefeitura Municipal de Manaus.

 Diversas ruas de Manaus amanheceram com rastro de destruição na manhã desta sexta-feira (21), após as manifestações realizadas na capital. O G1 fez o trajeto dos protestos e constatou a devastação que um grupo isolado de manifestantes deixou na região. A sede da Prefeitura Municipal de Manaus (PMM) localizada no bairro Compensa, Zona Oeste, foi o principal alvo. 
O protesto em Manaus, que começou na tarde de quinta-feira, continuou na madrugada desta sexta. A manifestação teve início no Teatro Amazonas, no Centro da Capital. De lá, os mais de 100 mil participantes seguiram para a Avenida Getúlio Vargas. A partir do Boulevard, os manifestantes se dividiram em dois grupos. Enquanto a maioria seguiu para a Arena da Amazônia - estádio de Manaus para a Copa de 2014, um pequeno grupo foi para a sede da Prefeitura da cidade onde foi registrado o maior número de depredações.
Prédio da Prefeitura de Manaus, na Zona Oeste, foi o principal alvo dos manifestantes (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)Prédio da Prefeitura de Manaus, na Zona Oeste, foi o principal alvo dos manifestantes (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)
Na Zona Oeste, o cenário de destruição não era visto apenas nos prédios públicos. Paradas de ônibus e estabelecimentos comerciais também foram alvos de vândalos. Agências bancárias e o prédio do Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC) tiveram vidros quebrados. Nesta manhã, funcionários contabilizavam prejuízos e faziam a limpeza dos locais.
Agência bancaria teve dois vidros quebrados durante protesto (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)Agência bancaria teve dois vidros quebrados durante protesto (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)
Os manifestantes que foram para a Prefeitura, um grupo formado por aproximadamente mil pessoas, tentaram invadir o prédio, jogaram bombas, pedras e outros objetos contra à sede da PMM. Alguns chegaram a atear fogo contra um ônibus e depredaram paradas de ônibus próximas ao local. Dois veículos foram incendiados e carros de moradores do bairro que estavam estacionados na rua também foram alvo de vandalismo. Os manifestantes foram contidos depois que a Tropa de Choque da PM usou balas de borracha, spray de pimenta e bombas de efeito moral para tentar conter ações.

Parada de ônibus foi depredada na Avenida Brasil, nas proximidades da Prefeitura de Manaus (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)A secretária administrativa Milene Garrido chegou para trabalhar nesta manhã e lamentou as destruições no local. "Protestar é bom. Sou a favor de reivindicar nossos direitos, mas não aceito vandalismo. Acho isso um absurdo, já pagamos muitos impostos e vamos ter que arcar com esse  vandalismo. Esse é um dinheiro que poderia ser investido em outras coisas", disse. "Isso é um protesto ou é bagunça? Não acho isso certo", declarou outro morador Sebastião Gama, 50 anos.
Parada de ônibus foi depredada na Avenida Brasil, nas proximidades da Prefeitura de Manaus (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)
Nem a funerária do bairro escapou do vandalismo. O gerente da Funerária Gurgel localizada na Rua Veiga Miranda afirmou que o local foi invadido por cerca de 30 pessoas. Segundo Júlio Cesar Noronha, o grupo usou bancos para quebrar as vidraças no local. Duas TVs e diversas urnas ficaram destruídas. Eles também levaram R$ 60 do caixa e chegaram a jogar urnas na rua. "Graças a Deus, ninguém ficou ferido. Já solicitamos as imagens do Ciops para que possamos identificar os infratores. O prejuízo é de, pelo menos, R$ 80 mil", disse. A ação dos vândalos também foi gravada pelo circuito interno da funerária.

De acordo com o soldado da Polícia Militar José Ximenes, cerca de 60 pessoas foram contidas e levadas ao 5º Distrito Integrado de Polícia (DIP) por envolvimento em atos de vandalismo durante a manifestação. Segundo o policial, todos foram liberados. "A ideia, realmente, era tirar os menores que estavam incentivando a maioria para praticar o vandalismo", disse.
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